Top 6 Comida Tradicional que deve experimentar no Porto

Top 6 Comida Tradicional que deve experimentar no Porto

A verdadeira comida tradicional portuense não se encontra nos restaurantes sofisticados. As melhores experiências estão nas tascas simples, rodeado de locais a falar alto. Prepare-se para usar as mãos e deixar os sucos escorrer pelo queixo.

Francesinha

“Pequena francesa”, dizem… Bem, não há nada de pequeno numa Francesinha! Na verdade, esta interpretação portuguesa de um croque-monsieur é capaz de provocar um ataque cardíaco. A história conta que um emigrante português criou o prato após alguns anos em França. Ele o desenhou para que as mulheres ficassem tão “calientes” quanto as francesas. Durante muito tempo, se uma mulher pedia a sanduíche, ganhava uma reputação duvidosa…

Nos anos 70, a Francesinha tornou-se um petisco amado após uma longa noite de festa. O segredo está no seu molho vermelho espesso, feito com ingredientes como tomates, cerveja e piri-piri. As salsichas picantes portuguesas, entre duas fatias de pão branco torrado. O queijo levemente grelhado. O ovo estrelado. As batatas fritas. Mas, sobretudo, na combinação de tudo isso…

Melhor apreciada com uma cerveja Bock gelada ou um copo de Vinho Verde.

Sardinhas assadas

Claro que as sardinhas são boas para a saúde (pense em todos os ácidos gordos Omega). Também são muito saborosas. Mas nenhum desses pontos é a razão pela qual queremos apresentar-lhe as sardinhas assadas.

Agora, imagine um lugar com vista para a água, seja o frio Atlântico ou o Douro dourado. Você está à sombra de um velho plátano, observando pescadores enrugados a jogar cartas. Enquanto isso, as suas sardinhas estão a ser grelhadas à sua frente. No Porto, há todo um ritual subtil em torno de comer sardinhas grelhadas. Chama-se sardinhada. Ver a sua comida ser preparada num grelhador de carvão fresco adiciona um sabor festivo ao evento. Saber que os peixes foram pescados há poucas horas adiciona ainda mais magia. São servidas com batatas cozidas com alho, pimentos grelhados e broa.

Para uma boa sardinhada, coma até não poder mais. Depois, coma um pouco mais. Quando terminar, provavelmente cheirará a sardinhas grelhadas. Se for o caso, considere-se integrado na nossa cultura.

PS: Lembre-se que uma sardinha grelhada tem três camadas. A pele (crocante e salgada) e a carne (macia e branca) são o que você deve comer. As tripas e os ossos são para os gatos e gaivotas lutarem na borda da praça.

Tripas a Moda do Porto

Nem todos os estrangeiros se atrevem a experimentar este prato. Mas um verdadeiro portuense chama-lhe o melhor conforto alimentar. É até a razão pela qual somos chamados de Tripeiros. É Tripas à Moda do Porto.

Existem diferentes histórias sobre as origens deste prato cozinhado lentamente. Alguns dizem que surgiu durante a guerra civil entre o Rei Miguel e o seu irmão Pedro. Outros dizem que o prato foi inventado quando Henrique, o Navegador, partiu para conquistar o mundo. Ninguém sabe ao certo, mas todas as explicações têm uma coisa em comum… Uma escassez de carne.

Então, o que são tripas, pode perguntar. Tripas são intestinos. Algo que a maioria das pessoas não está acostumada a comer… Normalmente têm uma estrutura esponjosa, difícil de mastigar. Mas se forem bem preparadas, é outra história. Porque então são quase como carne! Ou polvo! Talvez frango? Tripas à Moda do Porto pode ser considerado um símbolo da nossa resiliência e natureza inventiva.

Numa Tripas à Moda do Porto saborosa, os intestinos são macios e tenros, como uma iguaria. São servidos num molho saboroso feito com feijão branco, cenoura, louro, alho, cominho, cravo, pimentão e cebola. Hoje em dia, também se serve o prato com chouriço. Às vezes, alguns pés de porco adicionam mais aventura à experiência.

Se se atrever a experimentar, não ficará desapontado. Dizem que aquece o coração.

Pastel de Nata

Ok, então falamos do Porto ser uma cidade de trabalhadores e a comida ser feita para os famintos e sem pretensões. Mas há uma experiência culinária portuguesa autêntica para a qual pode se vestir um pouco melhor. Será de manhã ou à tarde, porque é quando se desfruta de um pequeno Pastel de Nata. Estes pequenos pastéis de nata são doces com um toque de limão. Muito delicados.

Se quiser agir como as senhoras da burguesia costumavam fazer, vá a um dos cafés históricos do Porto. O Café Majestic é o mais famoso. Neste cenário art déco, os garçons vestem smokings preto e branco e andam por aí com bandejas de prata. Maravilhoso. Outro ótimo lugar é o C’alma, um café num clube privado chique.

Coma-os quentes, com um pouco de canela por cima.

Frango Assado

Frango grelhado é a comida para levar em Portugal. E uma vez que você o provar num domingo preguiçoso, saberá porquê. Numa boa churrascaria, cada pedaço de carne é grelhado e temperado com tanto cuidado que você pode chamar isso de amor.

Como reconhecer uma boa churrascaria? O cheiro de carvão. Outro sinal: uma fila de pessoas esperando do lado de fora. Procure lugares onde o frango é preparado bem à sua frente, assim saberá que está suculento.

Depois de grelhado, o frango será pincelado com uma mistura de especiarias piri-piri secas e azeite. Se não gosta de picante, também pode pedir o frango com manteiga ou limão. Mas por favor, experimente os picantes ;). A maioria das vezes o frango é acompanhado com arroz, batatas fritas e uma pequena salada. Coma o frango com as mãos. É a comida do trabalhador no seu melhor.

Bifana à moda do Porto

Uma bifana é uma sanduíche de carne de porco. A carne foi marinada num molho especial feito com vinho branco seco desde cedo pela manhã, então à tarde está realmente macia. Alguns restaurantes servem-na com molho de francesinha ou com queijo de cabra derretido por cima. Acompanhe com um pouco de mostarda.

Outro favorito portuense é o cachorrinho. As pessoas chamam-lhe cachorro-quente, mas se você pensa em cachorros-quentes subestima todo o cuidado que é necessário para fazer um cachorrinho. O pão fino e crocante é pincelado com manteiga e molho picante repetidamente enquanto ainda está na grelha, e as salsichas recém-cortadas quase se fundem com o queijo no meio.

No Porto, alguns restaurantes especializados praticam a arte há décadas. Todos têm os seus próprios segredos.

Bacalhau à Gomes de Sá

Já esteve na Ribeira? A velha muralha no cais, hoje decorada com as luzes de restaurantes e bares, foi na verdade construída para proteger contra piratas. Atrás desta muralha estavam os armazéns. Uma das coisas que os navios portugueses traziam do exterior era bacalhau.

A história do bacalhau remonta a 1497, quando os exploradores portugueses capturaram o peixe pela primeira vez na costa de Terra Nova. (Sabe onde é? Está no leste do continente americano!)

Havia algumas vantagens no bacalhau. Provavelmente a mais importante era que o bacalhau podia ser armazenado num navio durante anos se fosse seco e salgado logo após a captura. Agora imagine como é útil tal fornecimento de alimentos se está numa missão para explorar o mundo… De volta ao continente português, todos começaram a experimentar com bacalhau. Agora temos tantos pratos que há uma receita para cada dia do ano.

O mais famoso do Porto foi criado por José Luís Gomes de Sá. Remonta ao final do século XIX.

José Luís Gomes de Sá Júnior nasceu em 1851, perto do cais onde os navios de pesca do bacalhau (Bacalhoeiros) costumavam atracar. Ele era filho de um rico comerciante do século XIX, provavelmente negociante de bacalhau. Mas quando Gomes de Sá Júnior cresceu, a fortuna da família estava a diminuir. O bacalhau estava a tornar-se menos popular, agora que a era das explorações estava a terminar… Então José Luís Gomes de Sá Júnior teve que procurar um emprego. Quando trabalhava num restaurante no centro do Porto, criou o seu próprio prato a celebrar o bacalhau. Parte da receita original é o conselho de ferver o bacalhau em leite durante duas horas para o amaciar novamente. Depois, o peixe é preparado com azeite, alho, azeitonas pretas, salsa e ovos cozidos.

Foi um sucesso tão grande que as pessoas na antiga colônia portuguesa do Brasil agora pensam que o bacalhau é pescado no Porto. Tanto assim que associam o peixe à nossa cidade. O cônsul do Brasil até pediu para celebrar Gomes de Sá com uma placa comemorativa na casa onde ele nasceu. Está bem no coração da Ribeira, numa casa amarela que agora serve como pousada.

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